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SILÊNCIO


E, então, ela caminhou e percebeu que aquela presença que a atormentava continuava lá. Naquele momento, mais uma vez perguntou:

– Por que você insiste em ser tudo aquilo que me desalinha? Entenda, eu não te odeio, mas quero e preciso que vá embora. Sei que você sabe os meus segredos, que me conhece melhor do que ninguém, sabe o que existe dentro da minha alma, mas preciso que parta.

Por um instante, o silêncio se fez presente, e tudo o que ela mais desejava estava ali. Imersa mais uma vez em seus pensamentos, viu-se só. Numa solidão tão dolorida, que alegrou o coração. Finalmente estava livre.

Daniela Amaral

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