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A paixão segundo G.H., O filme





Quando penso que finalmente me libertei de Clarice Lispector, lá vem ela novamente perturbando os meus dias com A paixão segundo G.H. O filme lançado este mês, estrelado por Maria Fernanda Cândido, vem recebendo críticas muito positivas. No entanto, é difícil de encontrar nas salas de cinema mais comerciais. Em Curitiba, o único lugar que se rendeu ao filme foi o Cine Passeio, numa sessão das 19:30. Confesso que não assisti ainda, que me assustei com o tempo que o filme vai tomar da minha vida, afinal serão duas horas de minha existência lembrando dela, aquela que nunca serei segundo me disse um professor. Aliás, talvez eu deva ficar lisonjeada ou ofendida, pois se ao ler o meu texto ele se lembrou de Clarice, quem sabe?

Contudo devo dizer, sim, professor, o senhor estava certo, nunca serei ela porque ela nunca será eu. Temos o nosso devido valor, nem mais nem menos, temos o mesmo peso na balança da deusa Têmis. Penso que não estou disposta a doar mais do meu tempo para Clarice ou será que estou? Será que assim como G.H., devo cometer essa falha necessária? Nem que seja só para julgá-la e odiá-la outra vez? E você? Está disposto a dedicar um tempo para a Clarice?


Daniela Amaral

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