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  • Foto do escritorJornal do Juvevê

Ouro no Rio Juvevê.


Pouco acima do Bar do Dionísio havia uma relojoaria e ourivesaria originalmente do Sr. Gerdt e que foi adquirida pelo Beto Relojoeiro. Zezo, cunhado de Beto, vinha às vezes visitá-lo e se uniam depois do expediente para beber umas cervejas no bar ao lado.


Certa feita, Zezo chegou à relojoaria e encontrou a casa cheia de clientes, ficou por ali enquanto o cunhado fazia os atendimentos, olhou no cômodo dos fundos e viu um lavatório que aparentemente nunca havia sido lavado na vida de tão sujo que estava.


Prestativo e ansioso pelo ócio da espera, juntou material de limpeza e pôs-se a limpar aquela imundice, removeu a borra do fundo, esfregou bem com uma escova e jogou a sujeira fora no ralo que à época corria para o Rio Juvevê, que passa nos fundos do imóvel.


Deixou tudo brilhando.


Quando Beto viu o resultado quase teve um troço, queria matar o cunhado.


É que ali se lavavam as mãos, as ferramentas e as peças de ouro que eram trabalhadas.


Havia um sistema de decantação para que o pó de ouro resultante do corte e lixamento das peças acumulasse no fundo.


Era uma poupança de muitos anos que foi jogada no rio. É por isso que quando o Zezo vem pra região afirma:


- Nesse rio tem ouro.


Watson

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