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  • Foto do escritorJornal do Juvevê

Corações valentes


Fulano e Sicrano frequentam o bar, algumas diferenças entre eles e começam a se hostilizar, na ausência um do outro, fazem bravatas, ameaçam. Quando presentes estão sempre discutindo.

Fulano, em um dia mais exaltado provoca o adversário, começam a gritaria, os xingamentos. Dionísio interfere:

-Se querem se pegar que seja lá fora.

Fulano tira do bolso uma bala, calibre 38.


“Esta tem teu nome gravado”. E sai do bar.

Sicrano achando que o outro está armado fica no bar morrendo de medo de sair e ser alvejado. Dá um tempo ali e quando sai é na correria. Chega ao portão de casa ainda com medo de ter sido seguido ou de ser emboscado. Não consegue abrir o portão e resolve pular. Como medida de segurança, havia feito uma cerca por sobre o muro com arame farpado. Ao pular o muro no desespero se enrosca no arame e se machuca todo.

Fulano que ao invés de ir para casa havia se instalado no bar ao lado, ao ver Sicrano fugindo pensou: “ele foi pra casa buscar a arma.” Temente porque de armas só tinha aquela bala, pernas pra que te quero. Mandou-se embora o valentão.

Durante meses não se ouviu falar da dupla, o medo um do outro os impedia de vir ao bar.

Com o tempo retornaram à vida costumeira, mas sem hostilidades. São amigos e partem de rir quando contam essa história.


Dio me contou o caso, me disse os nomes, mas como não os conheço decidi chamá-los por Fulano e Sicrano para não expô-los.


Watson

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