"Manifesto em busca da liberdade criativa"
- Jornal do Juveve
- 26 de ago.
- 3 min de leitura
A maioria dos homens vivem suas vidas em desespero silencioso. Não se resignem a isso. Libertem-se. (THOREAU, Henry David )

A todos aqueles que escolhem seguir seus coracões, não importa o clima ou a condicão.
Se você é estudante, mas escutador de música nas horas vagas; rabiscador de obras primas inacabadas; amante de cinema, poesia, filosofia ou qualquer coisa que te traz uma vontade imensurável de embarcar nessa paixão sem voo de volta para o planeta terra, aqui vai a resposta: você é um criativista.
Por meio da arte, você expressa suas opiniões, critícas e paixões. Podem ser músicas de protesto para frear nosso abuso contra a natureza ou até assistir sua sitcon favorita antes de ir dormir. Você está consumindo uma política artistica, e passivamente, sendo criativo, como mirabolar ideias em sua mente contando piadas ou emprestar o último livro que leu a um amigo.
Acontece que, as urgências do mundo moderno não permitem nós, criativos, continuarmos passivamente nesse ramo cómico de surfar entre discussões políticas e dançar de um jeito estranho fechados no quarto. Precisamos de uma revolucão do pensamento, onde defenderemos a valorização dos trabalhos criativos. Precisamos de incentivo a arte e cultura brasileira, valorizar nosso cinema, música e pesquisas academicas. Precisamos que o mundo olhe para nossos artistas. Um mundo onde mesmo quem não trabalha com arte, possa dar uma chance a uma peça de teatro. Onde adultos deem uma chance aos livros de fantasia se sentirem vontade. Onde dar uma caminhada no trabalho para ter ideias, seja bem visto, ao invés de consideirado "improdutivo".
Queremos que nossos pais tenham tanto orgulho quando ouvirem "Quero cursar artes" quanto quando "Quero cursar engenharia", pois nossa área do conhecimento é tão importante e nobre quanto.
Não estamos dizendo que deveriamos ser tratados melhores que as outras pessoas, pois todas as áreas são igualmente importantes. Nossa causa é para todos, todos podem se identificar como criativistas, somos aqueles que sentem conexão nas coisas banais e não sabem porquê. Que olham para o mundo diferente quando se propoem a tentar. Que sentem visceralmente quando tudo está alheio.
Queremos espaço no mundo para expor nossos sentimentos bem humorados ou sombrios. Queremos espaço para que as mulheres possam ser cientistas. Queremos espaço para que meninos possam escrever poesia sem receber olhares esquisitos. Queremos ser mente aberta, discutir e repensar ações para um mundo melhor. Queremos ser tão filósofos como uma criança que cria, imagina e pergunta toda a hora, para aprender e brincar. Queremos uma realidade onde todos possam ser criativos, e a imaginacão seja vista como uma qualidade, não como um obstáculo na educacão.
Quem irá valorizar os designers se todos apenas copiarem as trends? quem irá escrever o desconfortável, se todos leem apenas para performar que sabe ler? quem vai olhar de outra forma para o lixo virar um produto reciclado ou obra de arte? quem vai fazer perguntas, quando o mundo se calar e cansar de pensar e criar por conta própria?
Nós vamos. Não somos maquinas, somos humanos.
Este é um convite para olhar o mundo por outros olhos, e quando achar que tudo está ruim ou não há sentido, dar um espaço para a arte tocar seu coracão.
Você pode ser um criativista também e é mais simples do que parece, como nossa reflexão inicial. Ser criativista é se propor a ir além do que é consideirado normal. Seja questionando a realidade, pesquisando a fundo o que te interessa ou conversando com gente diferente de você. A única diferença, para ir além, é tirar as ideias da sua cabeça e por em prática. Escrever aquele conto que
martela seus pensamentos no ônibus ou se propor a tentar algo novo. É dar uma chance para sua criança interior falar, ao invés de pensar no que os outros vão pensar.
Somente assim, com uma juncão de criatividade e ativismo, todos poderão ter espaço e voz para sermos únicos e extraordinários. É preciso ter corajem para expor o que pensa. Todo jovem apaixonado por seus gostos já se imaginou criando e colocando suas paixões no mundo, entá na hora de lutarmos por isso.
"Medicina, direito, administração, engenharia, são atividades nobres, necessárias a vida. Mas poesia a beleza, o romance, são as coisas pelas quais vale a pena viver". (Sociedade dos poetas mortos, 1989 )
Texto de Luiza Marsolik Tissot




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