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  • Foto do escritorJornal do Juvevê

Xixizinho.


Havia tomado umas cervejas e ia deixar o bar, já eram quase 10 horas da noite e não havia movimento, os poucos fregueses se retiraram e resolvo fazer companhia, não deixar o Dionísio sozinho enquanto fecha a casa.

- Watson, você está de carro aí?

- Estou.

- Pode me dar uma carona até o Bradesco? Preciso sacar um dinheiro pra viajar amanhã.

- Claro.

Fechamos o bar, pegamos o carro e fomos ao banco. Fico aguardando no carro. Só que... além da hidroclorotiazida (remédio diurético para controle da pressão arterial) juntaram-se duas ou três garrafas de cerveja e a bexiga começou a protestar.

Estou em plena Avenida João Gualberto e nesse horário ainda passam muitos expressos. A coisa vai ficando feia e nada do Dio voltar.

Chega a um ponto em que a dancinha do xixi já não é suficiente e eu espero uma oportunidade no trânsito para abrir a porta e me aliviar entre a porta e o carro.

Surge o momento perfeito, nenhum ônibus, nenhum carro, nenhum transeunte. Começo a me aliviar e... ...Do nada, não sei de onde surgiu, uma viatura da RONE ao meu lado. Quatro brutamontes com o braço pra fora da janela, um deles: “BONITO HEIN CIDADÃO!”

- Me perdoe Seu guarda, tomo remédio pra pressão, estou aguardando um amigo e não tem nenhum comércio aberto onde eu possa usar um banheiro a essa hora.

- NÃO VEM COM DESCULPA!

- Calma Seu guarda foi só um xixizinho e escondidinho aqui entre o carro e a porta, só vocês perceberam.

- QUE NÃO SE REPITA!

Era só um xixizinho mas por pouco não virou o número dois.

Watson

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