Vereadores de Curitiba querem mais assessores — porque sete é pouco para “servir” o povo
- Jornal do Juveve
- 13 de jun.
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A Câmara Municipal de Curitiba se prepara para votar, em regime de urgência, uma proposta que pode aumentar significativamente a estrutura de pessoal vinculada aos gabinetes dos vereadores. A medida prevê não apenas a criação de novos cargos comissionados, mas também a ampliação do número de assessores por parlamentar e um reajuste no teto de gastos com pessoal.
Atualmente, cada um dos 38 vereadores da capital pode contar com até sete assessores, desde que respeite o limite mensal de R$ 82.531,67 em despesas com pessoal. Com a nova proposta, esse número poderá chegar a nove assessores por gabinete. O teto de gastos também será reajustado, passando para R$ 88.426,80 mensais — um acréscimo de R$ 5.895,11 por gabinete.
A justificativa apresentada pela Câmara é de que se trata de um “aumento discreto no número de comissionados” aliado a uma reestruturação interna. De acordo com o projeto, os novos cargos atenderão áreas como Corregedoria, Controladoria, Procuradoria da Mulher, Administração e Fiscalização de Contratos, além das diretorias de Comunicação, Licitações, Cerimonial e Informática.
Mesmo com o caráter de urgência na tramitação — o que permite que a proposta seja votada em apenas duas sessões —, o tema gerou controvérsias dentro do Legislativo. Em conversa com a reportagem, o vereador Guilherme Kilter (Novo) afirmou que ele e seus colegas do Partido votarão contra, mesmo sendo da base.
A possível aprovação da medida tende a ter impacto direto nos gastos públicos e reacende o debate sobre o tamanho da estrutura administrativa nos gabinetes parlamentares. A nova configuração, se aprovada, representará um aumento significativo na folha de pagamento da Câmara, justamente em um momento em que a discussão sobre economia e eficiência na gestão pública ganha força entre os eleitores.
Foto: CMC
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