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Foto do escritorJornal do Juvevê

Surto de Hepatite A em Curitiba atinge mais 17 pessoas. São 272 confirmações e 5 mortes em 2024

“A principal prevenção se dá pelos cuidados de higiene, como a lavagem das mãos e do corpo depois de utilizar o banheiro e do sexo anal, relações sexuais protegidas, além de garantir o acesso a água e alimentos de boa procedência, manipulados com as boas técnicas sanitárias”, explica a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.



Boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Curitiba, divulgado nesta segunda-feira (3/6), confirmou mais 17 infecções por Hepatite A na cidade, totalizando, de janeiro a maio deste ano, 272 casos, um transplante hepático e cinco mortes em decorrência da infecção pelo vírus A da Hepatite. A faixa etária mais predominante é masculina, 205 casos (75%), principalmente homens jovens, entre 20 e 39 anos. As mulheres respondem por 25% das confirmações, 67 casos.

 

A Hepatite A é uma doença infectocontagiosa transmitida aos seres humanos por fezes contaminadas. Mesmo depois de se curar, a pessoa que foi contaminada continua eliminando o vírus nas fezes por até 150 dias, o que mostra o potencial de disseminação da doença.

 

Imunidade

Quem já foi infectado pela Hepatite A em algum momento da vida está imune contra a doença, assim como quem recebeu a vacina. Desde 2014, as crianças até cinco anos de idade têm acesso à imunização pelo SUS, presente no calendário vacinal da infância e disponível em todas as unidades de Saúde de Curitiba. Os endereços podem ser conferidos no site Imuniza Já.


Outros públicos que também podem receber a vacina pelo SUS são pessoas com condições específicas de saúde, como candidatos a transplantes, pessoas com HIV, imunossuprimidos, entre outras situações. Nesses casos, a aplicação é feita nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).


Sintomas

Os sintomas iniciais da Hepatite A, como fadiga, febre, mal-estar e dores musculares, podem ser confundidos com os de outras doenças virais, o que determina atenção para que seja feito o diagnóstico precoce diferencial, além de evitar a automedicação.

Segundo o diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides de Oliveira, com o passar do tempo também podem aparecer enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia, urina escura, pele e os olhos amarelados (icterícia), sinais claros da contaminação pela Hepatite A.

De acordo com Oliveira, a Hepatite A em adultos geralmente é mais grave do que em crianças, e o surto registrado em Curitiba está concentrado em adultos jovens.

 

Números

Em 2024, de janeiro a maio, foram confirmados 272 casos de Hepatite A em Curitiba, sendo que 165 pessoas precisaram de atendimento hospitalar e 11 foram internados em UTI. Entre os casos mais graves, uma pessoa de 46 anos precisou de transplante hepático e cinco pessoas morreram em decorrência da Hepatite A aguda.

A série histórica da Hepatite A em Curitiba registrou 134 infecções pelo vírus A nos últimos 11 anos, de 2012 a 2023, diferente da situação enfrentada em 2024, que caracteriza surto da doença na cidade.

Outras capitais brasileiras também registraram surtos de Hepatite A em 2023 e 2024, como Porto Alegre, São Paulo e Florianópolis, também concentrados em adultos jovens, principalmente homens.

Prevenção

Conheça as principais medidas para prevenir a contaminação pela Hepatite A:

·         Usar preservativos e higienização das mãos, genitália, períneo e região anal antes e após as relações sexuais.

·         Lavar as mãos (incluindo após o uso do sanitário, trocar fraldas e antes do preparo de alimentos);

·         Lavar com água tratada, clorada ou fervida os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por  pelo menos 10 minutos;

·         Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;

·         Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;

·         Usar instalações sanitárias;

·         No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos, bancadas e chão utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária;

·         Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto;

·         Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios.


Fonte: PMC

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