Para que a noite anoiteça
e para que o dia diamante,
avante, poesia-me...
Poesia-me dos pés a cabeça,
para que a gente não esqueça
nossos ideais, nossos sonhos
guardados e empoeirados
dentro da gaveta.
Poesia-me em sua pele
como brasa, tatuagem,
para que o amor se revele
feito promessa escrita na árvore,
tal qual algumas pessoas fazem
quando carregam na bagagem
alguma chama de verdade.
Poesia-me em sua memória
para que nossa história não seja ilusória;
para que o nosso tempo valha a pena;
para que possamos fazer jus
a cada linha deste poema...
(Igor Veiga / PERIGOR)
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