Jornal do Juvevê
POEMOÇA

Sem notar ela me tira o ar
pelo simples fato de passar...
Se pudesse chegar nela
e sentir a sua boca,
escreveríamos um romance
- mesmo que sem roupa...
Sem nossos tecidos
nos vestiríamos apenas
com nossos sentidos
num corpo só.
Mas ela não tem dó
nem sonha que tira minha paz
pelo simples fato de ser
perfeita demais.
Perfeita para mim
do jeito que eu sempre quis
em meus sonhos mais íntimos
de um dia ser feliz.
Aquela moça merece tudo,
tudo que não cabe no mundo,
tudo que não cabe num poema...
Na verdade ela é tudo,
ela é o meu mundo,
ela é o mais belo poema...
É uma poemoça
que não consigo ler a fundo...
Que pena!...
(Igor Veiga / PERIGOR)