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NA BOCA DO POVO

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Loteamentos avançam sobre áreas de preservação na RMC e geram revolta local


“Moradores denunciam prefeitos por liberar construções em regiões ambientalmente sensíveis”


A Região Metropolitana de Curitiba voltou ao centro da polêmica nesta semana após denúncias de que prefeituras estariam liberando loteamentos em áreas de preservação permanente sem estudos técnicos consistentes. A tensão cresce em municípios como Campo Largo, onde o frio intenso de junho escancarou deficiências estruturais e acendeu o debate sobre sustentabilidade urbana.


Dados divulgados por entidades ambientais apontam que o avanço desenfreado da urbanização está afetando ecossistemas frágeis, áreas de recarga hídrica e reservas naturais que historicamente protegem o equilíbrio climático da região. A crise se agrava num contexto em que Campo Largo, por exemplo, registrou recorde histórico de consumo de energia elétrica, conforme dados da Copel, reflexo direto do descontrole climático e do planejamento territorial deficiente.


Do outro lado da cerca, moradores vizinhos aos novos loteamentos denunciam que a vegetação nativa está cedendo lugar ao concreto, sem debate público, sem consulta técnica e com pressa duvidosa. Para muitos, é mais um caso de licença rápida para problema permanente.

Na Câmara de Curitiba, parlamentares antes de iniciar o recesso, já tinham entrado com pedidos de informação cruzando a mesa sobre a legalidade dessas obras. O tom é claro: “há conivência ou, no mínimo, omissão das gestões municipais”. O discurso da “expansão necessária” já não convence quem paga a conta ambiental.


É transparente e inaceitável que o progresso continue sendo confundido com devastação. Se o concreto continuar avançando sobre o verde em nome da especulação, não haverá asfalto que aguente a revolta social, nem zona urbana que escape do colapso climático anunciado. A RMC não pode mais fingir que não vê.


Por Douglas Presibella - @imprensa.cwb

Assessor de imprensa, especializado em estratégia parlamentar.


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“Mulher fica pendurada em roda‑gigante na festa de Mandirituba e prevê ação contra segurança”

“Caso escancara falhas na coordenação do evento que reuniu milhares na RMC”

 

Durante as celebrações dos 65 anos de Mandirituba, cidade da Região Metropolitana de Curitiba, uma mulher foi flagrada pendurada na roda‑gigante em movimento, ao tentar sair do brinquedo. O episódio viralizou nas redes sociais e colocou em evidência graves falhas no protocolo de segurança da festa pública, organizada pelo município.


O incidente ocorreu na noite de sábado (26/06), quando a roda‑gigante começou a girar sem a trava estar completamente engatada. Testemunhas relataram que a vítima ficou presa por vários segundos até ser resgatada pela equipe de emergência.

Moradores e participantes do evento demonstraram indignação nas redes sociais e questionaram a ausência de sinalização adequada e orientação dos operadores do brinquedo. Para muitos, o que deveria ser uma atração segura se transformou em cena de risco, manchando a imagem da prefeitura local.


Segundo o advogado Dr. Mário Henrique Migliozzi, especializado também em responsabilidade civil, o episódio configura, em tese, violação ao dever de segurança objetiva previsto no Código de Defesa do Consumidor (CDC). “Ainda que o evento seja gratuito ou de caráter popular, a prefeitura e os organizadores têm o dever legal de garantir a integridade física de todos os participantes. Falhas como essa podem gerar ações por danos morais e materiais, além de indenizações por exposição ao risco, independentemente de comprovação de intenção. A responsabilidade é objetiva, o risco foi criado, e a consequência foi pública”, pontua o jurista.


Está cada vez mais visível, que em pleno 2025, continuemos a tratar entretenimento público como aposta, especialmente em brincadeiras mecânicas com risco real. A Prefeitura de Mandirituba autorizou e celebrou o evento, mas falhou ao garantir segurança. Que este episódio sirva de alerta: gestores públicos precisam fiscalizar com rigor e reparar qualquer falha. Responsabilidade é lei, não desculpa.

 

Por Douglas Presibella - @imprensa.cwb

Assessor de imprensa, especializado em estratégia parlamentar.

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