"Essa praça tão linda, que é o Parque Tanguá, é o cenário do desembarque dos ônibus elétricos. No momento, são sete. Os primeiros sete, que estão fazendo história no transporte coletivo. Curitiba é uma cidade que tem o meio ambiente como prioridade, que tem foco em reduzir o aquecimento global. Queremos que a nossa população e as próximas gerações tenham um futuro melhor”, declarou o prefeito.
O prefeito Rafael Greca, ao lado do vice-prefeito Eduardo Pimentel, entregou, nesta quinta-feira (27/6), no Parque Tanguá, os primeiros sete ônibus elétricos que passam a integrar a frota da capital. Greca deu início efetivo ao grande programa de eletrificação do transporte coletivo, um dos pilares para tornar Curitiba ainda mais sustentável e neutra em emissões, dentro do Plano de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas (PlanClima).
São seis ônibus da marca BYD que vão atender as linhas 010-Interbairros I (horário) e 011- Interbairros I (anti-horário) e um veículo da marca Volvo, que vai operar a linha 863-Água Verde.
Linhas contempladas
As linhas 010-Interbairros I (horário) e 011-Interbairros I (anti-horário), que juntas transportam 2,5 mil passageiros por dia e percorrem 14 bairros da capital, passam a ter uma frota 100% elétrica, com a substituição integral dos ônibus movidos a diesel pelos elétricos da BYD. A operação começa em 15 de julho, com três veículos em cada sentido.
A linha 010-Interbairros I (horário) tem trajeto de 18 quilômetros e a 011-Interbairros I (anti-horário) de 19,5 quilômetros, passando pelos bairros Centro Cívico, Bom Retiro, Mercês, Bigorrilho, Batel, Água Verde, Rebouças, Parolin, Prado Velho, Jardim Botânico, Alto da Rua XV, Hugo Lange, Alto da Glória e Juvevê. O tempo de viagem é de 75 minutos.
Já o modelo Volvo vai operar na linha 863-Água Verde, que liga o bairro ao Centro, a partir de meados de agosto. A linha, com 13 quilômetros, transporta cerca de mil pessoas por dia e passa a ter 50% da frota elétrica.
O investimento total, realizado pelas empresas, é de R$ 23 milhões, entre veículos e infraestrutura de recarga nas garagens.
Meta de descarbonização
O projeto de descarbonização da frota de Curitiba é considerado referência no País por reunir desde um amplo programa de testes da tecnologia até o novo modelo de concessão, em 2025, que já contemplará matriz energética não poluente.
BYD
O ônibus BYD, modelo D9W, tem 13,2 metros, com carroceria Caio, capacidade para 90 passageiros, autonomia de 250 quilômetros e tempo de carregamento de duas a quatro horas.
“Curitiba mais uma vez dá um enorme passo para melhorar a mobilidade e a qualidade de vida da população iniciando a eletrificação da frota. Os ônibus da BYD foram aprovados em testes e os moradores da cidade vão contar com o que há de mais moderno, sustentável e com conforto”, afirma Bruno Paiva, diretor da divisão de ônibus da BYD.
Segundo a BYD, cada ônibus elétrico evita, em média, a emissão de 118,7 toneladas de CO2 ao ano na atmosfera, o equivalente ao plantio de 847 árvores por veículo.
Tarifa mantida
Mesmo com a implantação de uma nova tecnologia no transporte coletivo, a tarifa social, hoje de R$ 6, será mantida em 2024. Como a aquisição de veículos elétricos não estava prevista no atual contrato de concessão, foi firmado um aditivo, que estabelece as normas para a aquisição, compra e suprimento de energia.
A operação dos elétricos será computada na tarifa técnica, mas de maneira segregada para acompanhamento mês a mês dos custos de manutenção, depreciação e amortização dos veículos.
“O preço de entrada do veículo elétrico é maior, mas ao longo da vida útil, incluindo os custos de troca de bateria, o veículo movido a energia é mais barato que o movido a combustão”, acrescentou Maia Neto.
Assim como ocorre com a frota a diesel no atual contrato, a frota elétrica será revertida, ao final da concessão, às empresas.
Fonte: PMC
Foto: Ricardo Marajó/SMCS
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