A foliculite pode ter diferentes causas, que vão desde a depilação incorreta e devido ao crescimento do fio de pelo no sentido contrário (ele se dobra e cresce para dentro da pele, ao invés de para fora) a até mesmo uma infecção causada por um fungo e/ou uma bactéria d tipo estafilococos.
A invasão bacteriana pode ocorrer espontaneamente ou favorecida pelo excesso de umidade ou suor, raspagens dos pelos ou depilação.
Atinge crianças e adultos podendo surgir em qualquer localização onde existam pelos, sendo frequente na área da barba (homens) e na virilha (mulheres).
Quando superficial, a foliculite caracteriza-se pela formação de pequenas pústulas, centradas por um pelo com discreta vermelhidão ao redor. Alguns casos não apresentam pus, aparecendo apenas vermelhidão ao redor dos pelos. Quando as lesões são mais profundas, formam-se lesões elevadas e avermelhadas que podem ter ponto amarelo (pus) no centro. Pode haver dor e coceira no local afetado.
Quem tem a pele mais escura está mais propenso a desenvolver o problema. Isso ocorre por dois motivos: primeiro porque um número maior de pessoas com a pele escura tem pelos encaracolados (que tem dificuldade de sair para a superfície) e encravam com mais facilidade, devido o excesso de queratinização (ou seja, a pele mais grossa), mais comum em pessoas morenas, também favorece o aparecimento de foliculite.
Muitas vezes o tratamento tem que ser feito com antibióticos de uso local ou sistêmico específicos para a bactéria causadora e cuidados antissépticos, além de evitar fatores pré disponentes como a depilação, nesse caso deve ser consultado um médico dermatologista.
A depilação com cera é a que mais leva ao aparecimento de foliculites, já que os pelos arrancados têm mais dificuldade de voltar novamente à superfície. Então quem usa cera e tem tendência ao problema, deve intercalar o procedimento com lâmina ou creme depilatório, na hora de passar a lâmina de barbear, o correto é passar no mesmo sentido do nascimento do pelo e não contra.
Algumas lesões podem necessitar de drenagem cirúrgica. O dermatologista é o médico mais indicado para o correto diagnóstico e tratamentos das foliculites.
Dicas
Quem faz depilação com cera precisa certificar-se que os equipamentos utilizados pela profissional são esterilizados ou descartáveis, nada de cera reaproveitável. Deve também sempre usar o aparelho de alta freqüência após a depilação, alta frequência é um aparelho cuja função é: bactericída, fungicída, germecida, bacteriostático e oxigenante.
Quem usa lâmina deve sempre manter o aparelho bem limpo (o ideal seria usar aqueles descartáveis), uma vez só.
Lave bem a pele antes de se depilar ou barbear.
Usar calça apertada de tecido sintético também agrava o problema na virilha, já que deixar o local quente, úmido e machucado é propiciar vida às bactérias;
Esfoliação; como uma das causas da foliculite é o excesso de queratinização, manter a pele mais lisinha e livre de células mortas (para facilitar a saída do pelo à superfície).
A pele tratada somente poderá sofrer exposição solar quando estiver totalmente sem inflamação.
Não se deve cutucar, escoriar nunca o pontinho da foliculite. Não adianta apertar que não vai sair nada. A foliculite não é algo “maduro” para você estourar. Com isso poderá aumentar a inflamação ou até ressecar a pele e deixar marca no local.
Uma pele saudável e hidratada, tem textura uniforme, possui luminosidade e brilho, sem excesso de oleosidade ou poros dilatados. Invista em hidratação, esfoliação e filtro solar.
Diva Bueno de Oliveira Tulio
Esteticista, cosmetóloga e professora de estética.
Acadêmica de Jornalismo
www.esteticaemmovimento.com.br
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