Demissão, cassação e CPI: entenda a repercussão do IMT na Câmara de Curitiba
- Jornal do Juveve
- 14 de mai.
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Líder do governo rechaçou críticas à Prefeitura, MBL representou contra João Bettega e oposição pede assinaturas para CPI na Câmara de Curitiba.

A exoneração de José Luiz Velloso da presidência do Instituto Municipal de Turismo (IMT), no dia 7 de maio, repercutiu na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) ontem (12), na primeira sessão plenária após a revelação de que o ex-presidente do IMT omitiu do Executivo, ao assumir o cargo, que havia sido condenado em 2019 por improbidade administrativa pela Vara de Fazenda Pública de Antonina.
Na época, Velloso era secretário de Saúde no município do litoral do Paraná.“O prefeito Eduardo Pimentel é cumpridor de leis. A lei 135/2010, que é a Lei da Ficha Limpa, diz que, se a pessoa [é condenada] em processo transitado em julgado, ela não deve participar do quadro [do serviço público] municipal, estadual ou federal.
Vindo à tona o fato de que há uma condenação transitada em julgado, de imediato o Executivo Municipal, na pessoa do prefeito, fez a exoneração dele [Velloso], por decreto, no dia 7 de maio”, disse Serginho do Posto (PSD), líder do governo.
A situação no Instituto Municipal de Turismo repercutiu na Câmara de Curitiba de duas formas diferentes. O alarido começou com ex-funcionários comissionados do vereador João Bettega (União) representando contra o parlamentar, acusando-o de saber da condenação de Velloso desde 28 de fevereiro, sem ter levado isso a público. O outro desdobramento foi o registro, no Sistema de Proposições Legislativas, de um requerimento para abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o IMT pela oposição, que para ser efetivado precisa do apoiamento de 13 dos 38 vereadores de Curitiba.
Para Serginho do Posto, o que está ocorrendo é uma “mistura de fatos”. Nós vimos agora, recentemente, um golpe de R$ 6 bilhões, em aposentados, [que o Governo Federal] demorou um ano para tomar a iniciativa [de interromper os descontos em folha ilegais] e dez dias para exonerar o ministro [Carlos Lupi, da Previdência, pasta à qual o INSS é subordinado].
Em Curitiba, o prefeito cumpriu a lei, afastando o servidor com condenação do quadro da Prefeitura de Curitiba. Ele agiu e, ato contínuo, no dia da notícia, a administração tomou todas as medidas cabíveis”, disse.
Oposição pede assinaturas para abertura de CPI na Câmara de Curitiba
A líder da oposição, Giorgia Prates - Mandata Preta (PT), conectando a exoneração de Velloso ao contexto da representação contra o vereador Eder Borges (PL) à Corregedoria da CMC, anunciou o protocolo para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o IMT na Câmara de Curitiba. “Apresentei requerimento para a criação de uma CPI para investigar o Instituto Municipal de Turismo, porque é dever desta Casa fiscalizar e zelar pelo dinheiro e moralidade da administração pública”, afirmou a parlamentar.

No Regimento Interno da Câmara de Curitiba, a criação de Comissões Parlamentares de Inquérito são disciplinadas pelos artigos 74 a 77, sendo abertas somente com as assinaturas de, no mínimo, um terço dos vereadores - 13 dos 38 membros da CMC.
Se essa condição for alcançada, e não houver outras três CPIs em curso no Legislativo, a comissão será instalada, conforme o requerimento, que deve indicar a finalidade, o número de membros e o prazo de duração.
FONTE: CMC
FOTOS: RODRIGO FONSECA/CMC
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