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Armas e violência sexual. O que elas têm em comum?


Hoje tive a experiência de aprender sobre armas, por ação do dia oficial do tiro feminino realizado pelo Clube de Tiro Santa Artilharia, que 1 vez ao mês, oferece às mulheres a oportunidade de acesso e conhecimento, para que percam o medo sobre o tema. O evento oferece um combo que inclui instrutor, arma, estande, alvo e munições totalmente gratuitos.


Segundo Murilo de Oliveira, responsável pelo evento, a maioria das mulheres que frequentam o clube de tiro vem acompanhadas do pai, marido ou namorado. Menos de 10% dos associados dos clubes são mulheres, e quando elas procuram por conta própria, são mães que moram sozinhas, cujo objetivo é proteger seus filhos, algumas, inclusive, de ex-maridos.


Para Murilo, a mulher, por instinto ou cultura, sempre delegou ao homem a função de proteção. Não é natural da mulher, ela prefere ser protegida. A arma é, de certa forma, liberdade para mulher, que pode exercer o seu direito de legítima defesa e de seus filhos.


A experiência, apesar de inicialmente tensa, começa com a apresentação das normas de segurança, as instruções sobre manuseio e a conduta na pista de tiro; na medida que fui ganhando confiança e domínio, a experiência tornou-se mais agradável e confortável.


Vale lembrar que o tiro esportivo é disputado nos Jogos Olímpicos desde a sua primeira edição, em Atenas 1896. Apesar do esporte dividir opiniões, a atividade envolve concentração, agilidade e autocontrole.


Entretanto, esta vivência me fez refletir sobre ser mulher e as privações que passamos por medo da violência. Não é sobre armas, é sobre a liberdade (em diversos sentidos). Um curso de tiro de defesa pessoal direcionado para mulheres, proporciona maior confiança e segurança, garantindo meios de defesa. Em 1966, a cidade de Orlando (EUA) reagiu a uma crescente onda de estupros, e a municipalidade passou a oferecer curso de tiros para mulheres. Um ano após, o índice de estupros reduziu 90%.


Ainda sobre a temática de violência sexual, índices disponibilizados pela ONU por meio de seu escritório de pesquisas UNODC – United Nations Office on Drugs and Crime, mostra que países onde a legislação de armas é menos restritiva e o porte de armas é considerado um direito natural à legítima defesa, menor é o índice de violência, em especial contra mulheres.


Quem quiser saber mais sobre o tema, sugiro visitar o link abaixo:

Carolina Maia - @carolinamaia.br

Mãe, advogada, publicitária, mestre em gestão ambiental.

Santa Artilharia Clube de Tiro - (41) 3022-8789

Av. Manoel Ribas, 4109 - Cascatinha, Curitiba - PR

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5 commentaires


re.vermelho
25 oct. 2022

Excelente abordagem. Parabéns!

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Claudia Grott
Claudia Grott
23 oct. 2022

Excelente artigo! De grande ajuda para nós mulheres pensarmos sobre o tema, incluindo defesa pessoal e liberdade. 👏👏👏

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Invité
26 oct. 2022
En réponse à

Exatamente! Liberdade e defesa! Ou liberdade de defesa ehehehe

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Vanessa Del Piccolo de Oliveira
Vanessa Del Piccolo de Oliveira
21 oct. 2022

Muito interesante, parabéns pela nota. Conscientização para as mulheres que ficam sozinhas, não tem marido ou está passando por perseguição. Excelente 👌

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kukamaia
kukamaia
21 oct. 2022
En réponse à

Obrigada, Vanessa!

Quando vier para Curitiba, vamos na Santa Artilharia aprender defesa armada!

Beijo

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